Júlio SiedleckBastou publicar a frase “MARACANAZO” no título da matéria recentemente divulgada no site (https://bfxc.com.br/2021/?p=9637) narrando, e com detalhes – o embate entre dois grandes gladiadores do esporte/ciência de nossa fronteira na Sala Vip Cônsul Alfredo Sanchez do Bobby Fischer Xadrez Clube na noite desta última quinta-feira dia 29 de setembro quando o heptacampeão departamental de Rivera no Uruguai Diego Pelaez, mais conhecido como “El Fenômeno” enfrentou o antigo Robin dos Pampas que ganhou nova alcunha e passou a ser chamado de ‘Imperador Braz’ devido às suas recentes conquistas que o site do Bobby Fischer começou a receber dezenas, centenas de acessos principalmente dos uruguaios em especial daqueles saudosistas que viveram na década de 1950 que não resistiram e ofereceram uma festa para o fenômeno – agora mais ídolo e arquétipo de  pelo duro  com sangue e alma no melhor estilo da raça uruguaia, Diego Pelaez.

Ele não era mais criança e  lembra como ninguém daquele chute cruzado de Ghiggia aos 36 minutos do segundo tempo que sacramentou o bicampeonato mundial do Uruguai e justamente contra a grande seleçãoGhiggia do momento e em sua casa, a do Brasil. Júlio Siedleck, ou simplesmente “LITO” como é internacionalmente conhecido foi um dos que mais se emocionou não só pela vitória, de virada, do fenômeno Pelaez sobre Tiago Braz – mas da forma que foi narrada na crônica lembrando – e muito, do ocorrido há 61 anos. Conforme escreveu em nosso livro de visitas num bom e velho misto de português com espanhol ele comentou “espectacular crónica de una muerte anunciada parafaseando a Gabriel Garcia Marquez. partida propia de dois genios do xadrez da fronteira! parabenes Pedro” A emoção do quase octogenário foi tamanha que esteve a um passo de ter que ser levado ao pronto socorro, pois começou de imediato a sentir dor de cabeça, ânsia de vomito, tonturas, vertigens – enfim, sintomas típicos de pressão alta. Mas como era noite de sábado, churrasquinho esperto e cercado de amigos logo o problema começou a ser resolvido. Recostaram-no no sofá da sala, um pouco de gelo na testa e depois uns bons goles de whisky resolveram o problema e não precisaram interromper a comemoração dupla – da vitória no melhor estilo MARACANAZO de Diego Pelaez e, é claro – das boas lembranças daquele grande dia para o povo uruguaio.

Este foi o time uruguaio que venceu o Brasil: Na Copa do Mundo 1950, o Uruguai conquistou seu segundo campeonato mundial, derrotando na final de forma surpreendente o Brasil. Maspoli; Matias Gonzalez, Tejera; Gambetta, Obdulio Varela, Andrade; Ghiggia, Julio Perez, Miguez, Schiaffino, Moran. Só que  os entusiastas de plantão já embalados com um goles de whisky a mais insistiam que Diego deveria jogar nesta seleção e que o placar seria mais dilatado. E chegaram a mencionar a intenção de enviar uma carta  para Federação Uruguaia  de Futebol requisitando a  convocação do Fenômeno para disputar as eliminatórias da Copa de 2014 no Brasil.

GOL HISTÓRICO QUE EMICIONOU O BOM E VELHO LITO