<<JOGANDO DIS COSTAS>>, LEONARDO BORTOLOTTI, É CAMPEÃO COM 6,5 EM 7,0
Parafraseando o personagem seu boneco (ator Lug de Paula, filho de Chico Anysio) do programa humorístico a escolinha do professor Raimundo quando tinha que responder uma pergunta relativamente fácil e banal – o mestre santa-mariense com idade oscilando entre 15 e 80 anos, ninguém sabe ao certo, Leonardo Bortolotti passeou e venceu fácil, jogando, literalmente DE COSTAS, o primeiro torneio presencial após uma parada forçada desde 2019 por conta da dita pandemia Covid 19 promovido pelo BFXC no último sábado(31) de julho das dependências da churrascaria Italiana em Santana do Livramento.
UMAS SEMANAS ANTES…
O dia, se recordo era um sábado para domingo dia 17 de julho. A hora. Bem tarde. Dependendo do ponto de vista – seria cedo se observarmos sob a ótica de um madrugador, caso contrário era bem tarde da noite avançando pela madrugada. Logo o silencio foi rompido por uma melodia. Ainda sem saber do que se tratava fui aos poucos recompondo meus sentidos até descobrir que a musicalidade vinha de meu smartphone. Seria o despertador? Estranho eu não planejara algum compromisso – muito menos naquela hora. Bem ainda não revelei. Ao observar o display percebi que marcava 02:22 do domingo. Quem diabos estaria ligando? Como tenho familiares morando distante de Santana do Livramento (filhos e netas) não tardei para pular da cama e atender. Vai saber. Se existem as boas notícias – as más também acompanham esta sequencia natural de nossa vida!
Antes de chegar até o aparelho percebi que meu coração disparara e minha mão ao intencionar pega-lo senti um tremor e um filete de arrepio que percorreu minha coluna. Eu estava sozinho em casa e os fantasmas, é lógico, ascenderam. Procurei manter a serenidade. Calma, balbuciei. Tomei coragem e finalmente saltei meio desajeitado da cama, desordenadamente procurei o interruptor tateando a parede no escuro para acender a lâmpada alógena do quarto e chegar até o smartphone. Voltei a consultar a hora. Sim. Era madrugada. Fazia frio. Seria aquele arrepio sentido anteriormente um alerta pela temperatura que oscilava em torno dos dois graus césios negativos. Ou meu sexto sentido me alertando? Não saberia até pegar o aparelho que insistia em vibrar e convidar a ouvir a belíssima melodia Danúbio Azul de Johann Strauss. Eis aqui uma das maravilhas da modernidade combinada com uma obra prima que, pelos meus cálculos, já tem um século e meio desde que foi composta em homenagem a um rio que na realidade é verde acinzentado.
Vamos ser práticos e elucidar logo esta misteriosa ligação. Tal qual foi minha surpresa (ou não) da descoberta que suscitou à minha frente! Aquela imagem do bom e saudoso sexagenário Norberto Schmidt de São Leopoldo. Meu amigo desde os anos de primeiro grau no colégio Sinodal, depois na faculdade, colegas de trabalho no jornal Vale do Sinos e meu fiel arauto depois que tive o desprazer de me acidentar. Norberto sempre foi a mesma pessoa, nunca mudou – um amigão nas horas más e boas. Um sujeito de regras rígidas e bons princípios. Só que ligar para os amigos de madrugada posso concluir que esta regra não consta em seu manual de boas condutas.
– Ainda com a voz pegando no tranco tratei de responder a chamada:
-Alô, Megaton – o que aconteceu?
– Tu telefonando a estas horas?
-Aconteceu alguma tragédia?
– “Não, não – tudo OK! Estás a dormir?” Perguntou!
– Na real?! Claro que não. Agora estou acordado.
– “Ó, me desculpe…se quiser eu ligo mais tarde!”
– Agora não adianta, o que houve?
– “Não… estou ligando para te avisar que meu cunhado, o senhor Raul Kruse que pediu para te avisar que enviará uma equipe para jogar este teu torneio dia 31 de julho. Ele é dono da empresa DIMEL – DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS DE EMBALAGENS LIMITADA de Estancia Velha”.
– Que legal, mas tu poderias esperar outra oportunidade para comunicar, não?
– “Pois é, disse o Norberto, mas acontece que eu estava tomando umas geladinhas e fiquei tão contente que não resisti em te avisar!”
– Mas soubeste agora de madrugada?
– “Não. Acontece, sabe como é, a gente vai procrastinando e agora que lembrei de te avisar. Tu não estás chateado comigo, não!!”
– Que isso Megaton… para atender os amigos não existe hora. Ainda maios que estou sozinho. A propósito, quer jogar umas partidas no Lichess?
– “Claro. Deixa-me ligar meu notebook!”
– Perfeito eu também tenho que fazer o mesmo. Vamos como o filme dois velhos rabugentos curtir a madrugada jogando xadrez.
– “Pedrão tenho uma última novidade!”
– Vai fale.
– “Ti surpreendi?”
– Em partes. Só não entendi como vocês conseguirão aguentar 500km de quatro. Tu eu seio que está acostumado, mas e os outros?
– “Não. Entendeste mal. A empresa do meu cunhado pediu que eu convidasse outros três enxadristas de qualidade param juntamente comigo, representar sua empresa aí em Santana do Livramento!”
– Está bem… eu já havia entendido, estava atirando verde para colher maduro, sabe como é… vá que tu resolvas abrir o jogo e cai na brincadeira! Mas não esqueça de efetuar as inscrições pelo formulário on-line que está em nosso site!
– “Pode deixar… agora vamos jogar… espera aí tem alguém aqui que deseja te cumprimentar!”.
– Está bem!
-Alô, bom dia – aqui é o Pedro Nicola… com quem estou tendo a honra de conversar nesta madrugada gelada?
Do outro lado fui surpreendido pela serenidade de uma voz dulcificante. Não tardei para desconfiar e pensar com meus botões. Estaria o Megaton aprontando uma espécie de pegadinha naquela altura dos acontecimentos?
– “Bom dia senhor Nicola, me compadeço com o senhor no adiantado da hora, mas sabe como é a vida de professor…. corrida e temos que aproveitar o exíguo tempo que temos de folga”, argumentou meu misterioso interlocutor com uma voz por lá de melíflua.
– “Meu nome é César Leonardo Karnal e viajarei com o Norberto e outros dois amigos para prestigiar este seu torneio. Já ouvi, aliás, só ouço elogios a seu respeito e seu apreço pela organização que empreendes. Não tenho palavras para agradecer o convite e temo recair em diversos pleonasmos caso insista em elogiá-lo!”
Ah, quanta honra receber aqui neste evento que, a princípio, minha intenção é promover um torneio de caráter tupiniquim e local – logo está se transformando numa mega promoção atraindo a seleta e privilegiada elite do xadrez rio-grandense – mas personalidades divinizadas intelectualmente, como é teu caso! Vejam só…o irmão do Leandro Karnal aqui na minha guarida. Imagine só, recôndito amigo César, imagine…repeti!
VOLTANDO À REALIDADE
Os dias que se seguiram não proporcionaram nem um minuto de trégua ao nosso organizador – no caso a este que vos escreve! Diuturnamente dezenas de e-mails chegavam à caixa de mensagens sendo redirecionados à pasta especial destinada aos inscritos. De todos os locais e cidades imagináveis, ou não. Enxadristas renomados de nosso virtusphere que víamos apenas através de jornais ou revistas especializadas. De repente – como num passe de mágica(?!) seus nomes foram surgindo de uma forma tão enigmática quanto espetacular como no tear manipulado por Sloan (Ator Morgan Freeman) no filme O PROCURADO de 2008 – que chefiava uma fraternidade de assassinos. No entanto há uma linha a ser considerada entre a realidade e a ficção. E personagens idolatrados como o montenegrino Ladir Brandt (ex-presidente da Federação Gaúcha de Xadrez por oito anos), Professor Agostin Jardel Ribeiro, o álter ego dos enxadristas bajeenses dentre tantos, em especial do sempre lembrado Emílio Mansur – que nunca poupou elogios e veneração ao representante e símbolo do xadrez da costa doce do Rio Grande do Sul – refiro-me aqui a cidade de Pelotas que é referência no Brasil da imigração portuguesa e sua espetacular culinária trazendo sua culinária diversificada de receitas doces – o que podemos disfrutar toda fez que Pelotas promove a imperdível FENADOCE!
Só que o mestre Jardel e sua turma não adoçaram a vida dos seus adversários nesta magnifica etnia de disputas; muito pelo contrário. Se um desavisado não se desse o luxo de ler as credenciais que continham o nome, origem e a força de seu contendor – ah, com certeza iria pensar que estava enfrentando um jogador lá dos pagos de Caxias do Sul ou Bento Gonçalves pelo sabor ácido de vinho estragado que ficavam na boca após cada partida! Não que nestas cidades cuja tradição nacional são seus vinhedos e safras magnificas de vinhos e espumantes.
Sábado, dia 31
Marcado que estava para abrir suas portas aos visitantes por volta de 30 minutos após as 17 horas – logo o atraso surgiu de quem menos esperava: nosso provedor mor e organizados. Comprometido em buscar sua equipe de arautos o jornalista Pedro Nicola estava travando uma verdadeira batalha para chegar até a casa dos gêmeos Rafael e Gustavo El Hanini. Com centenas de automóveis congestionando todas as vias e, acredite, policiamento zero. Quando finalmente logrei chegar o meu smartphone começou a esbravejar. Era o senhor Robson – proprietário da churrascaria Italiana comunicando que fora surpreendido por dezenas de carros de várias cidades que estavam congestionando a entradas da churrascaria. Pedi calma, tentei explicar minha situação atípica e sugeri que proporcionasse algum entretenimento.
Mas Robson, um jovem empresário bem sucedido do ramo gastronômico que tem como característica marcante ser pontual, empreendedor e por demais reservado e tímido – logo me questionou.
– “Seu Nicola o que faço? Não sei cantar nem dançar! Posso liberar as mesas para que o aguardem jogando xadrez?”
– Sem problemas. O que tu decidires está bem feito, encerrei a ligação assim que a dupla adentrou em minha Toyota.
Para nossa sorte (Sorte? sinceramente não acredito que exista!) o trânsito da volta fluiu como uma cachoeira de embasamento cristalino. Salvo quando tínhamos o dissabor de enfrentar os semáforos, o trajeto de retorno foi tão rápido quanto possível. Em poucos minutos logramos chegar e rapidamente fui cercado por quase meia centena de jogadores, aos quais grande parte eu não conhecia pessoalmente.
Aliás – cabe aqui um sucinto comentário. Com certeza eu seria um camarada extremamente mal educado se por estas veredas da vida passasse na rua ou em qualquer lugar por muitos deles e não os cumprimentasse. Citando apenas alguns jogadores visitantes que guardo muito carinho e que reconheço em qualquer lugar que eu, por ventura os encontrar, como o Diego Moritz, Etchiel Moreira, Norberto Megaton e Michel Cruz – os demais, sinceramente, apesar de já terem disputado um de meus torneios – não lembrava.
Mas foi gratificante reencontrar os santa-marienses e sempre favoritos cuja fisionomia não lembrava: Leonardo Bortolotti, Cristian Kanopf, Wilson Roberto Tombesi e a Natiele Ribeiro Moreira. Pude finalmente conhecer o ‘Sancho Pança’ da turma de Bagé que neste reencontro apenas enviou seu campeão e ícone do Anjo Gabriel devido a sua pureza de espírito e bondade no coração Ignácio Marrero acompanhado de sua alma gêmea – a esposa Josiane. Mas o que tem a ver o personagem de Miguel de Cervantes nesta história? Assim como ‘Sancho Pança’ era o alter-ego inseparável de Dom Quixote, Agostin Jardel tem esta mesma ligação com a turma de Bagé. Um exemplo a ser seguido.
Agostin não veio sozinho. Trouxe uma equipe que em nada adoçou a vida dos demais. Tive o privilégio de conhecer Roger Minks, Luiz Eduardo Pires e Michel Dummer. Jardel me deixou no compromisso de avisá-lo quando eu viajar a Pelotas, fato este que comumente faço pelo menos quatro vezes por ano visitando minha filha e genro. Eles querem me homenagear e devolver o acolhimento, que segundo ele, foi excepcional e raramente acontece no xadrez. A propósito Jardel fez questão de corrigir e afirmar que se enganou em dizer ‘raramente’ – para ele, aqui é o único local onde as coisas boas e diferenciadas acontecem.
Quando eu imaginava que as surpresas haviam cessado – tive o pouco de luz solar que iluminava o átrio da churrascaria Italiana ofuscado por seis vultos – e dos grandes. Me vi cercado. Olhei e não reconheci. A partir de meu ponto de visão, enxergava apenas na altura da espátula de meus assediadores. Todos com mais de 1,85 ou quiçá até mais metro de altura. Subi a visão e identifiquei apenas um. O Norberto Schmidt Megaton. E os demais? Calma! Aos poucos fui sendo apresentado. Ely Fernando Clarel – este eu conhecia jazem décadas, mas como estava diferente. Não o reconheci. Marcos Gazzana foi seguinte e, fechando a equipe da região metropolitana de Porto Alegre (São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Estancia Velha) – Ele. Quem. Cara, eu estava sendo apresentado ao ninguém menos do que César Karnal. O anticristo e criptonita da burrice. Uma das mentes mais privilegiadas do Rio Grande do Sul. O porta-voz da inteligência.
Mas as surpresas não ficaram por aqui. Ah, o que fiz por merecer todos estes privilégios. Me senti iluminado. Lá da serra fui brindado pela visita do multicampeão Leonardo da Silva de Salvador do Sul. Ele é monstruoso. Tão grande como sua força no xadrez. E, por fim, o mais velho dos seis se apresentou. Mas não veio sozinho. A propósito – o personagem que surgiu a seguir veio de Montenegro. Ninguém menos do que o bom e velho Ladir Brandt. Sua compleição também me impressionou. Apesar da idade – está bem conservado. Exibe uma vitalidade que poucos jovens tem.
O TORNEIO
Se engana aquele que pensar que eu estava esquecendo do prato principal. Não. Acontece que ninguém avisou o Bortolotti que era proibido o uso da ajuda tecnológica e softwares. Engines como: ChessBase 13. O ChessBase é um dos softwares mais utilizados por enxadristas ao redor do mundo.Fritz 15. A engine Fritz é uma das mais populares ao redor do mundo. Komodo 9.2. É considerada a engine mais forte da atualidade. Stockfish 6 e Houdini 4. Como não havia esclarecido nem no regulamento, tampouco no congresso técnico esta proibição, o caso ficou omisso e Bortolotto se sentiu livre, leve e solto.
Disputado que foi pelo sistema suíço em sete rodadas no ritmo de 15 minutos com acréscimo de cinco segundos no relógio digital ou 21 minutos no analógico a partir das 18:30 teve início os confrontos. Como é de praxe o Swiss Perfect 98 é perfeito. Ele não erra. Se houver algum eventual erro, este fica por conta de quem o programou ou digitou errado algum resultado. Os fortes enfrentam no comando das peças brancas os mais fracos. Vitórias previsíveis e fáceis. Baortolotto que o diga!
Após três rodadas houve a pausa para que durante 90 minutos a turma se deliciasse com a fartura do buffet livre. De cinema. Primeiro Mundo. O limite era definido por três fatores apenas: a elasticidade do estomago e sua capacidade de armazenamento e até quanto o cinto da calça poderia ser afrouxado. É claro que os mais espertos trocaram os cintos por suspensórios como foi o caso do velho Gilberto de los Santos e do Ely Clarel. Se houvessem promovido um torneio para quem mais comia – esta competição tinha tudo para terminar empatada em todos os critérios. Bem… tem um detalhe. Se o critério para desempatar fosse quantas vezes o glutão atacou o espaço destinado à sobremesa, o jogador dos canicinhos finos como um junco ganharia fácil. O que tem o Roberto Castillo de boa gente – também é magro de ruim, porque come como um leão.
PEQUENO ENTRE OS GIGANTES,
JOGOU DE COSTAS…
Se na bíblia hebraica narra o épico confronto entre o pequeno David contra o gigante filisteu Golias, uma fábula? Talvez sim talvez não. Acho mais provável que não passa de alegoria e algum tipo de metáfora. No entanto o que se viu naqueles dias 31 e 1º de agosto foi um passeio do Leonardo que se deu o luxo de jogar todas as suas partidas literalmente de costas. Subestimado, talvez, pelo seu tamanho e fisionomia de menino os homenzarrões já citados neste texto – tiveram uma surpresa tanto no sábado quanto no domingo de manhã. Mas o torneio não seria em um turno apenas. Sim, era, mas por uma pequena desatenção e prolongamento no momento do jantar – obrigou que a organização em comum acordo com todos os participantes que foram unanimes, as duas rodadas restantes foram disputadas no domingo.
Mas nem esta pausa inesperada impediu que Bortolloti seguisse detonando. Apesar de estar usando seu recurso secreto que ninguém ficou sabendo – vão tomar ciência a partir agora, lendo esta crônica, e nada poderão fazer. Rei morto é rei deposto como diz a sabedoria popular. Mas a pergunta que podem estar formulando agora é como e onde Leonardo Bortolotti escondeu seu programa? Como ninguém desconfiou? Na verdade, eu era a única pessoa que sabia, aliás, soube pelos indicativos. Seu único insucesso foi um empate, talvez para não dar pista de seu segredo.
SEGREDOS REVELADOS
Leonardo estava usando o computador mais completo e complexo até hoje criado, sabe-se lá por quem… Uma máquina que poucos tem acesso ou utilizam. Embora a capacidade intelectual do indivíduo possa aumentar ao longo do tempo, a crença de que grande parte do cérebro é inutilizado e, essencialmente, só se faz uso de 10 % do seu potencial efetivo não tem base científica e é desmentida pela comunidade científica. Tendo ou não base científica – Bortolotti comprovou que fez o dever de casa antes de vir a este torneio. Se debruçou como nunca dois meses a fio com objetivo de alimentar suas terminações neurais com o máximo de informações estudando os programas disponíveis no mercado.
Este foi no segredo do sucesso do menino de Santa Maria. Bem ele já não é tão menino, mas que deu para o gasto – ah, isso deu! E como explicar sua eventual falta de esportividade ou respeito jogando suas partidas DE COSTAS?! Na bem da verdade todos jogaram de costas. Como assim? Nem Leonardo nem quer que seja pode tirar suas costas – elas são partes fixas do corpo humano e só se fatiarmos pela metade vertical separaremos as costas da região frontal.
PREMIAÇÃO
POR ESTA NINGUÉM ESPERAVA – SURGE MAIS UMA PERSONALIDADE FAMOSA NO TORNEIO
Se engana aquele que pensar que neste encontro na Churrascaria Italiana brilhou apenas a magna figura de CÉSAR KARNAL, AGOSTIN JARDEL, do trompetista branco de Santa Maria Louis Armstrong (MICHEL CRUZ) do Jornalista e Relações Públicas renomado NORBERTO SCHMIDT, do sempre lembrado MARTÍN SANTANA (de Bella Unión), do begense IGNÁCIO MARRERO… enfim, de ainda meia centena de personagens que são enumerados e citados nas entrelinhas desta crônica. Se existisse, pelo menos não ouvi falar – de uma assemelhado à pílula mágica (azul) para o uso feminino…. a figura humana que surgiu e sintetiza este efeito não é obra da imaginação deste autor, ela existe e se revelou magistralmente, para sorte e privilégio a título de promoção, no interior da churrascarias Italiana para o furor das pós-balzaquianas.
Cognominado anteriormente como Imperador Romano TRAJANO…nosso vice-campeão (acima) jamais imaginou que sua ideia de cultivar um bigode o renderia fama e histeria e um afrodisíaco capaz de atiçar o público feminino, principalmente da terceira idade, que oscilam acima dos 70 anos que tinham admiração pelo ator norte-americano Guy Williams que interpretava o delicado milionário filho de Alejandro de La Vega que, oculto por uma máscara, se transformava no herói mascarado ZORRO que no dia a dia era o playboy afeminado DON DIEGO DE LA VEGA. Zorro é uma personagem de uma obra de ficção, criado em 1919 pelo escritor norte-americano Johnston McCulley que se tornou conhecida através dos estúdio cinematográficos Walt Disney que exibiu a série famosa de TV de 1954 a 1961. Este romance/aventura gira em torno da ânsia dos habitantes, sobretudo camponeses humildes, de Pueblo de Los Angeles de buscarem a independência durante a era da Califórnia espanhola. No entanto esta nova personificação só trouxe problemas para seu novo álter ego – pois quando era o homônimo do imperador romano Trajano ninguém o importunava e ele podia anonimamente andar em via pública e fazer tranquilamente compras em mercados ou assemelhado. Acontece que depois que resolveu cultivar seu sexy bigodinho… ah, sua vida virou um inferno! Experimentou o dessabor da fama. Perdeu a privacidade, pois as pós-balzaquianas remanescestes – quando o reconhecem acendem suas chamas e, bem….as consequências disso o leitor pode tirar suas conclusões e deixar correr a imaginação!
OS CONFRONTOS…
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Momento tão esperado, BUFFET LIVRE